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“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço”: 3 motivos para não ter esse comportamento e uma simples solução
Você já deve ter encontrado em seu caminho pessoas que têm um discurso completamente contrário às atitudes, certo? E se eu te contar que, às vezes, essas pessoas somos nós? Pois é. Em alguns momentos, é possível que a gente se comporte ligados no “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” sem perceber – e esse comportamento é muito prejudicial. Por quê? Te dou três motivos. Confira e veja como fugir dele!
Faça o que eu digo e não o que eu faço: a falta de transparência e coerência desse comportamento pode ser bem ruim. (Imagem: FreePik)Motivo 01: virar um mau exemplo
Em qualquer situação da vida, se você faz algo diferente daquilo que fala, acaba se tornando um péssimo exemplo a ser seguido. E no mundo profissional, isso se torna um baita tiro no pé.Imagine a situação: você é o gestor de uma equipe de vendas e sempre diz ao time que é preciso ter ética. Mas, na hora de apresentar os resultados numéricos ao chefão, burla alguns dados, mesmo que pequenos, só para atingir a meta que ficou próxima de ser alcançada. Sua equipe, sabendo disso, pode desenvolver duas reações - não concordar e se afastar, ou, achar que é assim mesmo que as coisas funcionam e replicar o comportamento.
O ciclo negativo, então, está montado: você dá um péssimo exemplo de como agir com o superior e a equipe reproduz contigo. Não demora nada para que os resultados de verdade apareçam, e com ele, consequências bem ruins.
Motivo 2: cair em descrédito
Lembra da situação hipotética do item anterior, da equipe que vê o gestor burlar os números de resultado? Enquanto um grupo segue o péssimo exemplo e faz igual, o outro pode se afastar – e essa é a colheita do descrédito.Gestor, funcionário e colegas que agem de forma contrária aos seus discursos perdem todo o crédito com os demais. Ou seja: a opinião deixa de ter valor e é só uma questão de tempo até que as suas considerações sobre um projeto ou um trabalho não tenham peso algum. E a que isso leva? Estagnação e declínio.
Motivo 3: não gerar confiança
Além que não ter mais uma voz ativa na equipe de trabalho, ao aplicar o “faça o que eu digo e não o que eu faço” deixamos de ter a confiança das pessoas. E isso é ainda pior.Enquanto no descrédito nossa opinião fica fraca, na falta de confiança sequer temos acesso ao tema discutido. Quando perdemos a confiança de nossos gestores, equipe ou colegas, somos vistos quase como ameaças e passamos a ficar de fora de decisões e trabalhos importantes.
Mais uma vez, nos colocamos na berlinda e perdemos excelentes oportunidades de crescer e se desenvolver. Isso para dizer o mínimo: com atitudes repetidas de incoerência no comportamento em relação à fala, é possível perder clientes e até empregos.
Autoavaliação: o caminho para fugir do “faça o que eu digo e não o que eu faço”.
Sempre digo que a gente precisa ficar de olho no espelho. Mas não me refiro àquele que mostra nosso cabelo, rosto e corpo. O espelho interior – será que estamos refletindo nossos valores internos em nossas atitudes externas? Será que estamos passando para o lado de fora o que realmente acreditamos?Para não agir de forma diferente daquilo que falamos, é preciso refletir sobre o que verdadeiramente acreditamos – e, então, agir sempre de acordo com isso. Assim, não tem erro: o nosso discurso e as nossas práticas estarão alinhados entre si porque, em primeiro lugar, estarão alinhados aos nossos princípios individuais. E esses princípios precisam estar intimamente conectados com a ética para tudo ir bem.
A autoavaliação nos ajuda a ter coerência! (Imagem: FreePik)
Com fala e ação alinhada, conquistamos o crédito e confiança, além de nos tornarmos bons exemplos para os que convivem com a gente.
Espero que tenha gostado do papo de hoje e fique à vontade para participar.
Abraços, Marcia.Leia também: Ética gera ética - o peso da conduta antiética nas empresas
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